Título: Paula Rego: exílio, pátria e corpo feminino
Resumo: O grande vulto contemporâneo das artes plásticas portuguesas, Paula Rego, vive há décadas uma experiência de exílio escolhido que nunca a impediu de pensar Portugal e seus mitos, recorrendo com frequência à corporalidade feminina. O lugar do exílio faculta-lhe distância e liberdade que a convidam a subverter a ordem dos poderes: pela mediação do corpo feminino recentra a margem, recorrendo neste processo a um frutuoso diálogo, que nos importa especialmente, com textos clássicos da literatura portuguesa de oitocentos (Herculano, Camilo, Queirós). Procurar-se-á estudar alguns momentos desses processos de intermedialidade.
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Isabel Pires de Lima é Professora Emérita da Universidade do Porto. Professora Catedrática Aposentada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Investigadora do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (Unidade I&D da FCT). Professora convidada em Universidades europeias, africanas, americanas e asiáticas. Doutorada em Literatura Portuguesa com a tese As Máscaras do Desengano – para uma leitura sociológica de ‘Os Maias’ de Eça de Queirós (1987); especialista em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e em estudos queirosianos com dezenas de títulos publicados; trabalha ainda em Estudos Interartísticos e em Literaturas Comparadas em Língua Portuguesa. Promotora de inúmeros colóquios e congressos nacionais e internacionais. Deputada à Assembleia da República Portuguesa (1999-2005/2008-2009). Ministra da Cultura de Portugal (2005-2008). Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves para o triénio 2016-2018. Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.