Título: Do desejo de se reinventar: A exiliência das protagonistas de Com que se pode jogar, de Luci Collin
Resumo: Partindo da noção de exiliência, tomada do neologismo proposto por Alexis Nouss em La condition de l’exilé (2015) para designar “o núcleo existencial comum a todas as experiências de sujeitos migrantes”, a presente comunicação pretende apresentar uma leitura do romance Com que se pode jogar (2011), da escritora brasileira contemporânea Luci Collin, cuja ênfase recai nos processos migratórios empreendidos pelas três personagens centrais da narrativa. Trata-se de personagens que, ambientadas em espaços socioculturais diferentes, vivenciando conflitos igualmente distintos, casualmente costurados pela atuação de uma quarta personagem que lhes marca definitivamente as trajetórias, empreendem, cada uma a seu modo, deslocamentos espaciais configurados como busca por melhores condições de vida. Sejam, tais condições, de ordem socioeconômica, identitária e/ou existencial. Conceitos operatórios fornecidos pela Crítica Literária Feminista e teorias afins subsidiarão teoricamente a análise.
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Lúcia Osana Zolin é doutora em Letras (Literaturas de Língua Portuguesa pela UNESP/São José do Rio Preto, 2001); tem pós-doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007); é professora Associada da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Departamento de Teorias Linguísticas e Literárias; atua no Programa de Pós-Graduação em Letras (PLE), na área de concentração em Estudos Literários; coordena regularmente projetos de pesquisa institucionais relacionados aos Estudos de Gênero, com ênfase na Literatura de Autoria Feminina e na Teoria Crítica Feminista; orienta dissertações de mestrado e teses de doutorado relacionadas a essa linha de pesquisa; integra o Grupo de Pesquisa sobre Literatura Brasileira Contemporânea – GELBC – com sede na Universidade de Brasília, e é líder do Grupo de Pesquisa Literatura de Autoria Feminina Brasileira – LAFEB – na instituição em é filiada.